ATIVISMO ANIMALISTA
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Saiba como em www.veddas.org.br/voluntarios
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“Seja a mudança que você quer ver no mundo” - Mahatma Gandhi
Primeiramente, se você quer ajudar os animais, torne-se vegano. É o primeiro passo e a base para os Direitos Animais. É a atitude de rejeição prática a nível individual de toda forma de exploração, sofrimento e morte de animais. É o mínimo de respeito que devemos aos animais se realmente consideramos que suas vidas e interesses importam moralmente. Para saber sobre o modo de vida vegano, acesse o menu “VIDA VEGANA”
Para que todos animais possam realmente viver em liberdade, e sem sofrimento, é necessário que todos nós sejamos veganos. Nesse sentido, o ativismo em defesa dos animais é muito importante. É através dele que outras pessoas se conscientizarão e serão educadas sobre os Direitos Animais e Veganismo.
Este texto trata deste tema e trás apontamentos para uma prática eficiente do ativismo em defesa dos animais.
Ativismo abolicionista animalista
Existem diversas formas de ativismo de conscientização e educação em defesa dos animais. Certamente, pelo menos uma delas você pode praticar. Algumas são:
• Bate-papo sobre direitos animais e veganismo;
• Trabalho voluntário em ONGs animalistas;
• Atos de rua para conscientização e educação;
• Postagem de conteúdo e comentários em redes sociais;
• Criação e distribuição de materiais informativos acessíveis (panfleto, dvd, etc.);
• “Vestindo” a filosofia vegana (camisetas, bolsas, etc.);
• Exibição de filmes e documentários animalistas;
• Realização de encontros e refeições veganas (veganic, jantar etc.);
• Campanhas de boicote, manifestações, protestos;
• Atividades, eventos, oficinas e palestras educativas;
• Criar sites, blogs, videologs, podcasts, etc;
• Escrever artigos e comentários para jornais, revistas, etc.
• Intervenções artísticas pelos animais (teatro, flashmob, etc.);
• Grupos de estudos sobre direitos animais e veganismo; —• Participação em eventos e audiências públicas em defesa dos animais.
Como ser um bom ativista?
• É essencial sermos diplomáticos, se queremos conscientizar e educar.
• Ser assertivo; nem passivo, nem agressivo. Ou seja, não ficar calado diante da injustiça, ser uma voz pelas animais, mas ser capaz de expressar e defender aquilo que acredita sem ser agressivo ou violento.
• Ser capaz de despertar nas pessoas a empatia por todos os animais e provocar reflexões críticas, sobre os próprios pensamentos, sentimentos e hábitos delas.
• Ser respeitoso. Agressividade, ofensas, raiva e sarcasmo não são eficazes.
• Generalizações e julgamentos sobre as pessoas só afastam. Todas as pessoas têm qualidades e defeitos. Queremos propor a reflexão crítica sobre as ideias e ações que não são éticas, não julgar as pessoas como boas ou más.
• Ser aberto e interessado no diálogo, compreensivo, gentil e empático com o outro também. É preciso boa disposição para fazer ativismo de qualidade.
• Ter compromisso e responsabilidade no ativismo. Somos a voz dos animais. Portanto, cuidado com aquilo que diz, e como diz, e principalmente com aquilo que faz.
• Lembrar que consciência e razão não são tudo para a mudança. Emoções afetam as decisões das pessoas. Por isso a importância de despertar a empatia também. A mudança é um processo individual e devemos ter isso em mente para não nos sentirmos frustados com os resultados de curto prazo do nosso ativismo. Educar é um tarefa árdua e demorada. Pratique a paciência e não deixe a ansiedade tomar conta.
• Compartilhar estas práticas com outros ativistas. Principalmente iniciantes, que costumam agir com mais emoção do que razão. No ativismo é muito importante o uso da razão, para que possamos considerar bem sobre o que é melhor, o que é mais eficiente, quando queremos agir em defesa deles.
Abordagem e comportamentos assertivos
• Viver pelo exemplo, ou seja, ser vegano, e mostrar para as demais pessoas que isso é possível. —Esse conhecimento e experiência pessoal ajudam a desmistificar o tema.
• Ter conhecimentos básicos sobre direitos animais, veganismo, dietas vegetarianas e temas relacionados. O suficiente para poder ter uma conversa que esclareça as dúvidas e questões mais frequentes sobre isso.
• Ser otimista, alegre e positivo. Isso é muito eficaz. As pessoas que são grandes líderes e influenciam muitas pessoas tem essas características. Por mais grave e ruim que seja a situação dos animais, não será eficiente agirmos de maneira pessimista, triste e negativa no ativismo. As pessoas em geral não gostam disso.
• Cuidado com a aparência pessoal. Diferentes situações demandam diferentes maneiras de nos colocarmos. Por exemplo, um ativista apresentar uma palestra numa escola vestido com roupa social. Pode acontecer uma falta de identificação entre o palestrante e seu público alvo, que pode perceber no palestrante uma figura que se coloca como autoridade, como ‘superior’, e muito diferente ou distante da realidade do público. Quando nos colocamos mais ‘próximos’ do nosso público alvo mais eficiente pode ser o ativismo.
• Cuidado com a própria saúde. Muitas vezes o simples fato de um vegetariano ficar doente é usado como argumento para questionar a viabilidade da dieta vegetariana. O que é uma falácia, não passa de um mito. No entanto, é razoável evitar realizar ativismo em situações em que se esteja doente ou com aparência doente, para que o conteúdo da mensagem em favor dos animais e da dieta vegetariana não perca credibilidade, infelizmente por conta desse preconceito em relação a dieta vegetariana.
• A linguagem corporal e o tom de voz são tão importantes quanto o conteúdo. Portanto, na hora de conversar com as pessoas precisamos prestar atenção nisso. Para que nossa forma de falar e agir no ativismo não afaste as pessoas ao invés de aproximar. Trabalhar isso é essencial. Nosso estado de espírito reflete na maneira como agimos. Cuidar de si e das emoções ajuda a se comunicar bem com as outras pessoas, mantendo assim uma postura corporal aberta e amigável, e um tom de voz motivador e tranquilo ao mesmo tempo.
• Foco principal nos Direitos Animais sempre. Os animais não-humanos são os principais afetados pela exploração animal. Eles é que estão sofrendo muito e morrendo aos milhões todos os dias.
• (Re)conhecer as falácias e não usá-las. Falácia é “um argumento que aparenta ser válido à primeira vista mas, usando de métodos logicamente inconsistentes para ligar premissa e conclusão, leva a conclusões errôneas”. Aqui uma lista para reconhecer muitas delas:
http://veganagente.consciencia.blog.br/guia-de-falacias-carnistas
• Não usar informações imprecisas ou incorretas. Refletir criticamente sobre as informações que lê ou ouve, para saber se é adequado usá-las. E verificar as fontes e referências dessas informações que encontra ou recebe, para saber se são confiáveis e corretas, antes de compartilhar.
• Evitar sobrecarga de emoção e informação para o ouvinte. Não é eficiente compartilhar desesperamente de uma vez ou num curto espaço de tempo tudo que sabe e viu sobre o assunto com as pessoas que conversa. É um assunto novo para as pessoas na maioria das vezes, e que pode gerar muitas emoções negativas, por envolver muito sofrimento e morte de animais. O ouvinte nestes casos pode simplesmente bloquear o contato com o tema para evitar sofrer com isso. Assim, não irá refletir sobre o assunto. É mais razoável passar uma informação básica inicialmente, provocando a reflexão e tentando despertar a empatia do ouvinte para que este procure se informar mais e considerar uma mudança de hábitos em respeito aos animais.
• Fazer com que a pessoa se sinta respeitada e validada. Muitas vezes, as pessoas respondem ao contato com o tema criticando ou questionando os argumentos em defesa dos animais. Na maioria dos casos são dúvidas e questões bem comuns. É importante respeitar a pessoas e validar sua resposta, antes de propor a reflexão a partir de um outro ponto de vista. Muitas vezes seria dizer algo como “Eu ouço isso muitas vezes, e entendo sua questão, mas pensando por outro lado…” e assim podemos apresentar um argumento favorável ao respeito pelos animais. Dessa forma respeitamos o outro e não o tratamos como se fosse um idiota por trazer uma questão tão comum, e muitas vezes falaciosa sobre o tema.
• Estabelecer um diálogo sutil e dinâmico, de aprendizado mútuo. Não é para sairmos por aí pregando os direitos animais e veganismo como se isso fosse uma religião. É no diálogo que as pessoas podem aprender coisas novas, e compartilhar aquilo que sabem. Fazer ativismo pode ser tão tranquilo como qualquer conversa. A diferença é o foco no tema animalista.
• Responder, não reagir. Algumas vezes as pessoas agem de maneira agressiva contra o ativista, por conta da realidade da exploração animal apresentada. Ficam incomodadas com a crítica a determinados comportamentos e pensamentos que têm e que afetam a vida dos animais. É importante estarmos atentos para não re-agir de maneira agressiva em resposta a agressividade do outro. Se isso acontece vira um ciclo vicioso sem final feliz ou produtivo. O melhor a se fazer nestas situação é responder, de maneira assertiva. A paciência é um bom antídoto contra a raiva, cultive ela.
• Provocar reflexão, não criticar severamente. Em geral, criticar severamente a ação de alguém fecha a oportunidade de reflexão da pessoa sobre isso. Pois se sentirá atacada. Ao invés disso, temo de ser criativos e não violentos para despertar a reflexão das pessoas.
• Conflitos não são produtivos. E podem afastar pessoas próximas. Isso deve ser evitado ao máximo. Ativismo não é um jogo que devemos ganhar dos adversários e inimigos com nossos argumentos. Quando ‘ganhamos’ no ativismo quem perde são os animais. Nosso objetivo maior é gerar empatia e reflexão. Para isso temos de tentar agir da melhor maneira possível no contato com as pessoas durante o ativismo.
• Procurar saber onde as pessoas estão em relação aos animais, se tem contato com animais, se cuida de animais, o que pensa sobre os animais, o que sente por eles etc. Existem diferentes situações, e para cada podemos pensar uma forma de abordagem diferente, que busque aproximar a pessoa dos animais com empatia, fazendo com que reflita sobre os Direitos Animais e considere o veganismo como modo de vida.
• Falar das experiências pessoais enriquece a conversa. Isso é interessante e ajuda as pessoas a perceberem como nós mesmos lidamos com essa questão, o que pensamos, o que sentimos, como mudamos, etc. Assim mostramos que veganos não são ETs, são como qualquer pessoa, a diferença reside apenas na atitude prática assumida, em algum momento, de respeitar todos os animais.
• Muitas questões que surgem são frequentes, e são resultado de pouca reflexão ou falta de informação sobre o tema. A décima pessoa que você conversa num dia de ativismo não sabe que outras nove já perguntaram sobre a proteína naquele mesmo dia. Lembre-se, para conscientizar e educar é preciso estar interessado. O caminho é validar o que pessoa trás, como mencionado acima, e propor uma reflexão de um ponto de vista diferente.
• Oferecer meios para contato posterior com o tema. Isso pode ser feito entregando algum material informativo com indicação de sites, livros, vídeos etc; pedindo para a pessoa deixar o nome numa lista de mailing sobre o tema, se tiver; passando o próprio contato de e-mail, facebook etc. Muitas vezes o que falta para as pessoas mudarem é o apoio e incentivo de alguém. Você pode ser o ‘anjo vegano’ de alguém.
• Questões para pensar: Será que a pessoa tem interesse, é uma questão genuína? Se não há, é melhor não desperdiçar sua energia ou se estressar; Há tempo para tratar adequadamente a questão? Se não tem tempo para falar minimamente bem sobre o assunto, é melhor ter algum panfleto e entregar para a pessoa para que possa ter mais informação, e deixar algum contato, se possível; Está no local e/ou momento adequado para falar sobre o tema? Se não estiver, não fale sobre isso. Por exemplo, na hora do almoço em família numa churrascaria, em que você está comendo apenas vegetais. Não será eficiente conversar sobre vegetarianismo, veganismo e direitos animais nesse momento. Será difícil ter uma conversa agradável e produtiva nesta situação. Se o assunto surgir, o melhor a fazer é ser assertivo e dizer a pessoa ou às pessoas que se elas quiserem saber mais sobre isso, poderia conversar depois da refeição. É um assunto indigesto, afinal.
Bom ativismo!
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“Seja a mudança que você quer ver no mundo” - Mahatma Gandhi
Primeiramente, se você quer ajudar os animais, torne-se vegano. É o primeiro passo e a base para os Direitos Animais. É a atitude de rejeição prática a nível individual de toda forma de exploração, sofrimento e morte de animais. É o mínimo de respeito que devemos aos animais se realmente consideramos que suas vidas e interesses importam moralmente. Para saber sobre o modo de vida vegano, acesse o menu “VIDA VEGANA”
Para que todos animais possam realmente viver em liberdade, e sem sofrimento, é necessário que todos nós sejamos veganos. Nesse sentido, o ativismo em defesa dos animais é muito importante. É através dele que outras pessoas se conscientizarão e serão educadas sobre os Direitos Animais e Veganismo.
Este texto trata deste tema e trás apontamentos para uma prática eficiente do ativismo em defesa dos animais.
Ativismo abolicionista animalista
Existem diversas formas de ativismo de conscientização e educação em defesa dos animais. Certamente, pelo menos uma delas você pode praticar. Algumas são:
• Bate-papo sobre direitos animais e veganismo;
• Trabalho voluntário em ONGs animalistas;
• Atos de rua para conscientização e educação;
• Postagem de conteúdo e comentários em redes sociais;
• Criação e distribuição de materiais informativos acessíveis (panfleto, dvd, etc.);
• “Vestindo” a filosofia vegana (camisetas, bolsas, etc.);
• Exibição de filmes e documentários animalistas;
• Realização de encontros e refeições veganas (veganic, jantar etc.);
• Campanhas de boicote, manifestações, protestos;
• Atividades, eventos, oficinas e palestras educativas;
• Criar sites, blogs, videologs, podcasts, etc;
• Escrever artigos e comentários para jornais, revistas, etc.
• Intervenções artísticas pelos animais (teatro, flashmob, etc.);
• Grupos de estudos sobre direitos animais e veganismo; —• Participação em eventos e audiências públicas em defesa dos animais.
Como ser um bom ativista?
• É essencial sermos diplomáticos, se queremos conscientizar e educar.
• Ser assertivo; nem passivo, nem agressivo. Ou seja, não ficar calado diante da injustiça, ser uma voz pelas animais, mas ser capaz de expressar e defender aquilo que acredita sem ser agressivo ou violento.
• Ser capaz de despertar nas pessoas a empatia por todos os animais e provocar reflexões críticas, sobre os próprios pensamentos, sentimentos e hábitos delas.
• Ser respeitoso. Agressividade, ofensas, raiva e sarcasmo não são eficazes.
• Generalizações e julgamentos sobre as pessoas só afastam. Todas as pessoas têm qualidades e defeitos. Queremos propor a reflexão crítica sobre as ideias e ações que não são éticas, não julgar as pessoas como boas ou más.
• Ser aberto e interessado no diálogo, compreensivo, gentil e empático com o outro também. É preciso boa disposição para fazer ativismo de qualidade.
• Ter compromisso e responsabilidade no ativismo. Somos a voz dos animais. Portanto, cuidado com aquilo que diz, e como diz, e principalmente com aquilo que faz.
• Lembrar que consciência e razão não são tudo para a mudança. Emoções afetam as decisões das pessoas. Por isso a importância de despertar a empatia também. A mudança é um processo individual e devemos ter isso em mente para não nos sentirmos frustados com os resultados de curto prazo do nosso ativismo. Educar é um tarefa árdua e demorada. Pratique a paciência e não deixe a ansiedade tomar conta.
• Compartilhar estas práticas com outros ativistas. Principalmente iniciantes, que costumam agir com mais emoção do que razão. No ativismo é muito importante o uso da razão, para que possamos considerar bem sobre o que é melhor, o que é mais eficiente, quando queremos agir em defesa deles.
Abordagem e comportamentos assertivos
• Viver pelo exemplo, ou seja, ser vegano, e mostrar para as demais pessoas que isso é possível. —Esse conhecimento e experiência pessoal ajudam a desmistificar o tema.
• Ter conhecimentos básicos sobre direitos animais, veganismo, dietas vegetarianas e temas relacionados. O suficiente para poder ter uma conversa que esclareça as dúvidas e questões mais frequentes sobre isso.
• Ser otimista, alegre e positivo. Isso é muito eficaz. As pessoas que são grandes líderes e influenciam muitas pessoas tem essas características. Por mais grave e ruim que seja a situação dos animais, não será eficiente agirmos de maneira pessimista, triste e negativa no ativismo. As pessoas em geral não gostam disso.
• Cuidado com a aparência pessoal. Diferentes situações demandam diferentes maneiras de nos colocarmos. Por exemplo, um ativista apresentar uma palestra numa escola vestido com roupa social. Pode acontecer uma falta de identificação entre o palestrante e seu público alvo, que pode perceber no palestrante uma figura que se coloca como autoridade, como ‘superior’, e muito diferente ou distante da realidade do público. Quando nos colocamos mais ‘próximos’ do nosso público alvo mais eficiente pode ser o ativismo.
• Cuidado com a própria saúde. Muitas vezes o simples fato de um vegetariano ficar doente é usado como argumento para questionar a viabilidade da dieta vegetariana. O que é uma falácia, não passa de um mito. No entanto, é razoável evitar realizar ativismo em situações em que se esteja doente ou com aparência doente, para que o conteúdo da mensagem em favor dos animais e da dieta vegetariana não perca credibilidade, infelizmente por conta desse preconceito em relação a dieta vegetariana.
• A linguagem corporal e o tom de voz são tão importantes quanto o conteúdo. Portanto, na hora de conversar com as pessoas precisamos prestar atenção nisso. Para que nossa forma de falar e agir no ativismo não afaste as pessoas ao invés de aproximar. Trabalhar isso é essencial. Nosso estado de espírito reflete na maneira como agimos. Cuidar de si e das emoções ajuda a se comunicar bem com as outras pessoas, mantendo assim uma postura corporal aberta e amigável, e um tom de voz motivador e tranquilo ao mesmo tempo.
• Foco principal nos Direitos Animais sempre. Os animais não-humanos são os principais afetados pela exploração animal. Eles é que estão sofrendo muito e morrendo aos milhões todos os dias.
• (Re)conhecer as falácias e não usá-las. Falácia é “um argumento que aparenta ser válido à primeira vista mas, usando de métodos logicamente inconsistentes para ligar premissa e conclusão, leva a conclusões errôneas”. Aqui uma lista para reconhecer muitas delas:
http://veganagente.consciencia.blog.br/guia-de-falacias-carnistas
• Não usar informações imprecisas ou incorretas. Refletir criticamente sobre as informações que lê ou ouve, para saber se é adequado usá-las. E verificar as fontes e referências dessas informações que encontra ou recebe, para saber se são confiáveis e corretas, antes de compartilhar.
• Evitar sobrecarga de emoção e informação para o ouvinte. Não é eficiente compartilhar desesperamente de uma vez ou num curto espaço de tempo tudo que sabe e viu sobre o assunto com as pessoas que conversa. É um assunto novo para as pessoas na maioria das vezes, e que pode gerar muitas emoções negativas, por envolver muito sofrimento e morte de animais. O ouvinte nestes casos pode simplesmente bloquear o contato com o tema para evitar sofrer com isso. Assim, não irá refletir sobre o assunto. É mais razoável passar uma informação básica inicialmente, provocando a reflexão e tentando despertar a empatia do ouvinte para que este procure se informar mais e considerar uma mudança de hábitos em respeito aos animais.
• Fazer com que a pessoa se sinta respeitada e validada. Muitas vezes, as pessoas respondem ao contato com o tema criticando ou questionando os argumentos em defesa dos animais. Na maioria dos casos são dúvidas e questões bem comuns. É importante respeitar a pessoas e validar sua resposta, antes de propor a reflexão a partir de um outro ponto de vista. Muitas vezes seria dizer algo como “Eu ouço isso muitas vezes, e entendo sua questão, mas pensando por outro lado…” e assim podemos apresentar um argumento favorável ao respeito pelos animais. Dessa forma respeitamos o outro e não o tratamos como se fosse um idiota por trazer uma questão tão comum, e muitas vezes falaciosa sobre o tema.
• Estabelecer um diálogo sutil e dinâmico, de aprendizado mútuo. Não é para sairmos por aí pregando os direitos animais e veganismo como se isso fosse uma religião. É no diálogo que as pessoas podem aprender coisas novas, e compartilhar aquilo que sabem. Fazer ativismo pode ser tão tranquilo como qualquer conversa. A diferença é o foco no tema animalista.
• Responder, não reagir. Algumas vezes as pessoas agem de maneira agressiva contra o ativista, por conta da realidade da exploração animal apresentada. Ficam incomodadas com a crítica a determinados comportamentos e pensamentos que têm e que afetam a vida dos animais. É importante estarmos atentos para não re-agir de maneira agressiva em resposta a agressividade do outro. Se isso acontece vira um ciclo vicioso sem final feliz ou produtivo. O melhor a se fazer nestas situação é responder, de maneira assertiva. A paciência é um bom antídoto contra a raiva, cultive ela.
• Provocar reflexão, não criticar severamente. Em geral, criticar severamente a ação de alguém fecha a oportunidade de reflexão da pessoa sobre isso. Pois se sentirá atacada. Ao invés disso, temo de ser criativos e não violentos para despertar a reflexão das pessoas.
• Conflitos não são produtivos. E podem afastar pessoas próximas. Isso deve ser evitado ao máximo. Ativismo não é um jogo que devemos ganhar dos adversários e inimigos com nossos argumentos. Quando ‘ganhamos’ no ativismo quem perde são os animais. Nosso objetivo maior é gerar empatia e reflexão. Para isso temos de tentar agir da melhor maneira possível no contato com as pessoas durante o ativismo.
• Procurar saber onde as pessoas estão em relação aos animais, se tem contato com animais, se cuida de animais, o que pensa sobre os animais, o que sente por eles etc. Existem diferentes situações, e para cada podemos pensar uma forma de abordagem diferente, que busque aproximar a pessoa dos animais com empatia, fazendo com que reflita sobre os Direitos Animais e considere o veganismo como modo de vida.
• Falar das experiências pessoais enriquece a conversa. Isso é interessante e ajuda as pessoas a perceberem como nós mesmos lidamos com essa questão, o que pensamos, o que sentimos, como mudamos, etc. Assim mostramos que veganos não são ETs, são como qualquer pessoa, a diferença reside apenas na atitude prática assumida, em algum momento, de respeitar todos os animais.
• Muitas questões que surgem são frequentes, e são resultado de pouca reflexão ou falta de informação sobre o tema. A décima pessoa que você conversa num dia de ativismo não sabe que outras nove já perguntaram sobre a proteína naquele mesmo dia. Lembre-se, para conscientizar e educar é preciso estar interessado. O caminho é validar o que pessoa trás, como mencionado acima, e propor uma reflexão de um ponto de vista diferente.
• Oferecer meios para contato posterior com o tema. Isso pode ser feito entregando algum material informativo com indicação de sites, livros, vídeos etc; pedindo para a pessoa deixar o nome numa lista de mailing sobre o tema, se tiver; passando o próprio contato de e-mail, facebook etc. Muitas vezes o que falta para as pessoas mudarem é o apoio e incentivo de alguém. Você pode ser o ‘anjo vegano’ de alguém.
• Questões para pensar: Será que a pessoa tem interesse, é uma questão genuína? Se não há, é melhor não desperdiçar sua energia ou se estressar; Há tempo para tratar adequadamente a questão? Se não tem tempo para falar minimamente bem sobre o assunto, é melhor ter algum panfleto e entregar para a pessoa para que possa ter mais informação, e deixar algum contato, se possível; Está no local e/ou momento adequado para falar sobre o tema? Se não estiver, não fale sobre isso. Por exemplo, na hora do almoço em família numa churrascaria, em que você está comendo apenas vegetais. Não será eficiente conversar sobre vegetarianismo, veganismo e direitos animais nesse momento. Será difícil ter uma conversa agradável e produtiva nesta situação. Se o assunto surgir, o melhor a fazer é ser assertivo e dizer a pessoa ou às pessoas que se elas quiserem saber mais sobre isso, poderia conversar depois da refeição. É um assunto indigesto, afinal.
Bom ativismo!